quinta-feira, 28 de agosto de 2008

OS 8 PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA JÁ SOMAM 243 MILHÕES DE PESSOAS

Não há estatísticas oficiais sobre as populações dos 8 países de Língua Oficial Portuguesa e os números divulgados pela imprensa nem sempre são coincidentes, mas a única informação aceitável poderá ser a do Almanaque Abril, que é publicado anualmente
em São Paulo há 34 anos.

Como é sabido, o Brasil lidera o número de habitantes que falam português, com mais de 191,3 milhões, vindo a seguir Moçambique, com 20,5 milhões e depois Angola, com 16,9 milhões, enquanto Portugal estaria com 10,6 milhões. E os restantes 6 países de idioma comum teriam as seguintes populações: Cabo Verde: 530 mil, Guiné-Bissau: 1.700.000 pessoas, São Tomé e Príncipe: 152,000 e Timor totalizaria 1.100.000.
Referimos cifras condicionais, porque a maioria dos 8 países não realiza periodicamente nenhum censo, pelo que temos de nos limitar às estimativas de 2l07. Não obstante, o Almanaque Abril assinala o crescimento demográfico anual , que é de 1,47% em Portugal e de 2,81% em Angola, de 1,33% no Brasil, de 2,91% em Cabo Verde, de 2,9% na Guiné-Bissau, de 1,8% em Moçambique, de 2,49% em São Tomé e de 5,5 em Timor. Em virtude do enorme aumento populacional dos timorenses, talvez devido ao regresso de muitos que viviam no exterior, tudo sugere um aumento sensível nos próximos anos. Entretanto, destaca-se que a extensão populacional também é elevada na Guiné-Bissau, em Angola, Cabo Verde, São Tomé e Moçambique, problema tanto mais grave quanto a produção agro-pecuária cresce em percentagens muito inferiores.

Quanto ao Brasil, é superior a 2,5 milhões de habitantes por ano, índice que já foi muito maior. E é claro que o número de falantes em Portugal continuará a aumentar, de acordo com os números actuais:
Brasil: 191.300.000 habitantes
Moçambique: 20.500.000 habitantes
Angola:16.900.000 habitantes
Guiné-Bissau: 1.700.000 habitantes
Timor: 1.100.000 habitantes
Cabo Verde: 530.000 habitantes
S. Tomé e Príncipe: 152.000 habitantes
Total:242.782.000 habitantes

Um “mundo” com perto de 243 milhões de habitantes deve pesar cada vez mais na esfera internacional. Mas tem pesado pouco, até agora, conforme se pode deduzir das balanças comerciais dos 8 países de idioma português. Não dispomos de cifras actualizadas, pelo que tentaremos reuni-las e voltar à questão, a fim de obtermos os números das exportações de todos eles, individual e comunitariamente. No dia em for possível conjugar o intercâmbio dos 8, no âmbito econômico, será mais fácil uni-los num diálogo cultural que se impõe – e nessa altura aumentará também a ínfluência da anunciada Comunidade dos Países de Língua Portuguesa no Mundo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O PRESIDENTE LULA QUER MUDAR CONCESSÕES PETROLÍFERAS

“Não podemos deixar o petróleo na mão de meia dúzia de empresas”, declarou há dias o Presidente Luis Inácio Lula da Silva, num discurso proferido na sede da União Nacional dos Estudantes, incitando-os a defender a campanha de que “o petróleo não é da Petrobrás, mas do povo”.
As reacções foram de condenação, por parte doa accionistas nacionais e estrangeiros, sendo imprevisível avaliar as consequências, enquanto o povo continua sem saber quem é que, na prática, poderá gerenciar as fontes brasileiras de petróleo e gás. O que se pode admitir é que, se a ´proposta for realizada, muitas coisas devem mudar na exploração petrolífera do País, que poderá tornar-se, daqui a 4 ou 5 anos cada vez mais influente na OPEP ou fora dela.
Sabe-se que a confirmação de uma gigantesca bacia de petróleo e gás, há poucos meses, no litoral do Brasil, mudará os destinos da economia, e até mesmo os rumos políticos do País. Há mil e uma versões em torno das dimensões da jazida. Mas ninguém duvida da importância que terá, bastando dizer que as informações divulgadas acerca da produção do óleo que deve ser extraído de Tupi, nas proximidades da cidade paulista de Santos, foi já calculada em 6 biliões de barris. cujo valor é incalculável, nesta época em que o seu custo mais do que duplicou, nos últimos meses.

Quem tem medo da”Petrobrás”?

A concessionária do petróleo e gás, apesar de estatal, desperta receios de todos os lados e alguns “amigos da onça” lembram que certos dirigentes da estatal PDVSA foram acusados de participar do golpe contra Hugo Chávez, em 2002... Embora a maioria das acções da “Petrobrás” esteja sob o controlo do Estado, assinala-se que também há accionistas particulares (brasileiros e estrangeiros) e a possibilidade de entregar novas concessões à que já tem bastantes poderia torná-la, financeiramente, em um Estado dentro do Estado.
Daí, a pretensão do Presidente Lula de entregar a uma nova estatal a concessão das zonas petrolíferas descobertas daqui para a frente. É evidente, que os accionistas “´privados” já começaram a reagir, observando que o Brasil precisa de investimen-
tos externos para a extracção (o que é inquestionável), tanto mais que as mudanças nas leis podem prejudicar a rentabilidade das novas descobertas. E as reacções já co-
mecaram: a AIE (Agência Internacional de Energia) criticou os projectos de Lula.

Mudanças com objectivos idênticos foram adoptadas na Rússia, na Venezuela e no Irã e na Bolívia. Quanto aos argumentos do presidente do Brasil são justificados
pela necessidade de oferecer ao povo o seu petróleo, cujos rendimentos serão
aplicados na educação. E sustenta que o petróleo não é da “Petrobrás” mas da Nação, salientando que serão mantidos os “blocos já leiloados e respeitados os contratados”. Esclarece o jornal O Estado de S. Paulo que o grande bloco petrolífero Tupi está dividido entre a empresa estatal brasileira (65%), a BG inglesa (25%) e a Galp de Portugal, cabendo à última os restantes 10%.