sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

PERSPECTIVA HISTÓRICA E SOCIAL DA LOUSÃ

Com a participação do Dr. Fernando dos Santos Carvalho, Presidente do Município da Lousã, dos escritores Carlos Carranca, João Alves das Neves e de outros autores da região, será lançada a edição Uma perspectiva histórica, social e cultural da revista cultural da Beira-Serra Arganilia, na Biblioteca Municipal lousanense, no próximo dia 15 de Novembro, à tarde.

Trata-se do volume nº. 22 de Arganilia, que trás 19 estudos sobre alguns dos
temas lousanenses do passado e do presente, merecendo relevar-se a observação do Dr. Fernando Carvalho de que o concelho a que preside cresceu 19% na década de 90, facto incomum na maioria dos nossos municípios. E o curioso é que, segundo a Direcção Geral das Autarquias Locais, desde 2001 , o aumento de residentes foi de 2.500 habitantes (16%). E do depoimento do Presidente ressalta-se ainda que os Lousanenses são “cada vez mais uma sociedade multicultural” porquanto entre os residentes mais de 2.600 indivíduos provêm de outras nacionalidades. Enfim, este progresso social poderá explicar-se pelas actuais facilidades de acesso “que melhorarão significativamente em finais de 2009.”

O escritor e professor universitário Carlos Carranca publica nesta edição de
Arganilia o poema “Lousã em Menino”, agora revisto e aumentado. Do ponto de vista histórico o volume nº. 22 de Arganilia, insere 3 trabalhos: ‘’O Castelo da Lousã”, de Jorge Padilha (com desenho do pintor Monsenhor A. Nunes Pereira); “A Lousã e uma visita à Serra” (de AntónioLopes Machado) e “Algumas notas sobre a Imprensa da Lousã” (de Pedro Júlio Malta), além de vários poemas inéditos de António Vilar (por José Ricardo), “A Lousã de Jorge Babo” (por Reis Baptista) e “Uns certos Jogos Florais” (por José Ricardo de Almeida). Entretanto, a obra do jornalista e escritor João Luso (pseudônimo que Armando Erse de Figueiredo tornou conhecido na Imprensa Brasileira) é analisada resumidamente por João Alves das Neves, que juntou uma belíssima crônica do grande jornalista luso-brasileiro, “Volta a casa”.

O capítulo das Artes é representado muito bem por A. Nunes Pereira e Nuno Malta, e no ensaio anota-se o estudo “Memória do Comendador Montenegro e da Colônia Nova Lousã”, da autoria da historiadora brasileira Sónia Maria de Freitas.

O volume inclui também três Memórias: “Para um retrato do Dr. Manuel Manuel Mexia” (por João Bigotte Chorão), “Dr. José Maria Cardoso – recordações de infância” (pela escritora Regina Anacleto, Professora da Universidade de Coimbra) e “Dr. José Maria Cardoso (1885-1959), filho de Fajão, Pampilhosa da Serra, e filho adoptivo da Lousã” (pelo ensaísta e poeta Teodoro A. Mendes-Tamen). É indispensável mencionar igualmente o artigo “A Lousã dos futebóis” (por J.R.A.) e um histórico da importante empresa que há muitos anos produz o “Licor Beirão” que os portugueses muito apreciam e é exportado para mais de 20 países – um “record” dificilmente ultrapassado! O volume trás ainda a Revista da Imprensa com o artigo “A Arganilia veio para ficar” (por Aníbal Pacheco), bem como “Um novo livro de Correia das Neves sobre Oliveira do Hospital” (de António Lopes Machado, editor e vice-director de Arganilia.
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Os dirigentes da revista Arganilia já iniciaram a preparação de mais um volume, “Vida e Obra de Regina Anacleto” (título provisório), com a colaboração de diversos escritores e professores universitários, além de uma selecção de textos da grande investigadora, ensaísta e escritora arganilense.

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