O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, anunciou há dias em São Paulo que a economia brasileira poderá crescer
Entretanto, nas suas freqüentes andanças pelo mundo, o Presidente Lula considera que a crise econômico-financeira está a ser superada pelo seu País e que tudo indica um desenvolvimento positivo cada vez mais firme. Baseiam-se, em boa parte nas reações positivas dos seus principais interlocutores, com relevo para os laudatórios presidentes dos Estados Unidos e da França, embora seja evidente que os elogios não resolvem os problemas, por mais agradáveis que possam ser.
O outro lado do problema é que a produção brasileira tem avançado sem parar – isto é, enquanto não chegou à crise global que abaloou o mundo inteiro. Mas até neste domínio as dificuldades estão as decrescer, embora os seus grandes parceiros comerciais condicionem as suas compras: os Estados Unidos, por exemplo.. são cada vez mais protecionistas e discutem o aumento dos tributos sobre as suas importações - o que poderia traduzir-se, em relação ao Brasil. Por uma redução de cerca de US$ 5 bilhões por ano, perda que talvez se acentue ainda mais se a União Européia diminuir também as suas compras.
É certo que somente nalguns sectores o Brasil poderá ombrear com a indústria dos países mais desenvolvidos. Mas a compensação é que o país se tem destacado, sobretudo, nas exportações de gêneros alimentícios, assumindo uma situação relevante, na medida em que passou a ser um dos maiores exportadores mundiais de alimentos, conforme documentam as vendas de soja, carne, frutas, etc. E garante uma boa qualidade e preços acessíveis.
Na verdade, o Brasil passou a ser nos últimos anos credor – a sua balança comercial de 2008 somou a exportação de US$137.470 milhões, enquanto as importações foram de apenas US$95.885 milhões. Um saldo confortável para qualquer país em fase de desenvolvimento. E é claro que a queda do dólar tem contribuído para melhorar o consumo interno dos remediados e pobres, mas desanimou os exportadores, porque estes, vendendo mais, estão a receber (quantitativamente) menos moeda estrangeira...
Aliás, o crescimento das exportações também se explica pela estabilidade econômica do Brasil. E o que os atuais governantes não confessam explicitamente que a estabilização foi possível porque o advento da nova moeda garantiu não só o Real, mas também acabou na prática com a inflação. O papel relevante do governo do Presidente Lula foi continuar a política anti-inflacionária e, por conseguinte, fortalecer a moeda nacional, estabilizando os preços e incentivando as exportações. E com esta política o Brasil está vencendo a crise internacional!
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