A Academia Brasileira de Letras acaba de publicar o seu Dicionário Escolar da Língua Portuguesa (1), que interessa não somente aos estudantes, mas a todos os leitores, com relevo para os professores, pois, além de trazer o acordo ortográfico que começou a ser utilizado pelos principais órgãos da imprensa, traz milhares de palavras.
É o primeiro êxito dos que definiram os princípios da nova ortografia, cujas bases começaram a ser discutidas há cerca de 20 anos pelos lingüistas portugueses, brasileiros, caboverdeanos, sãotomenses, angolanos e moçambicanos (o da Guiné-Bissau não pôde comparecer e o nosso Timor ainda sofria sobe a ditadura indonésia). As reuniões tiveram lugar no Rio de Janeiro e a imprensa portuguesa teria primado pela ausência se não assistisse o então correspondente no Brasil da Agência “Notícias de Portugal” e da RDP.
Não obstante, participaram dos estudos 5 especialistas portugueses, quase todos (se bem nos lembramos) da Academia das Ciências de Lisboa, que há muitos anos trata das questões idiomáticas em nome de Portugal, cabendo a outra representação à Academia Brasileira de Letras. Mas o caminho foi demorado até se chegar à renovação ortográfica, desde o dia 1º. de Janeiro de 2009.
O novo dicionário escolar foi editado sob a responsabilidade da ABL e aceita, é claro, as normas do acordo ortográfico oficial dos 8 países de Língua Portuguesa. Não é tão breve como sugere o título – soma 1312 páginas, explicando-se que os verbetes são antecedidos de informações necessárias – após os nomes dos directores da Academia Brasileira de Letras em 2008, assinalam-se: Prefácio, Sumário, História da ABL, História (breve) da Língua Portuguesa, “Formação do Léxico Português” e “Unificação Ortográfica”, antes da reprodução do acordo sobre “A Nova Ortografia da Língua Portuguesa” e de “O Verbo em Português”, além das instruções que facilitam o uso do Dicionário e a compreensão das abreviações.
Não obstante, participaram dos estudos 5 especialistas portugueses, quase todos (se bem nos lembramos) da Academia das Ciências de Lisboa, que há muitos anos trata das questões idiomáticas em nome de Portugal, cabendo a outra representação à Academia Brasileira de Letras. Mas o caminho foi demorado até se chegar à renovação ortográfica, desde o dia 1º. de Janeiro de 2009.
O novo dicionário escolar foi editado sob a responsabilidade da ABL e aceita, é claro, as normas do acordo ortográfico oficial dos 8 países de Língua Portuguesa. Não é tão breve como sugere o título – soma 1312 páginas, explicando-se que os verbetes são antecedidos de informações necessárias – após os nomes dos directores da Academia Brasileira de Letras em 2008, assinalam-se: Prefácio, Sumário, História da ABL, História (breve) da Língua Portuguesa, “Formação do Léxico Português” e “Unificação Ortográfica”, antes da reprodução do acordo sobre “A Nova Ortografia da Língua Portuguesa” e de “O Verbo em Português”, além das instruções que facilitam o uso do Dicionário e a compreensão das abreviações.
Os verbetes da letra A só aparecem na página 83, mas é evidente que a obra não inclui todas as palavras do vocabulário. Manifestam os organizadores deste Dicionário Escolar da Língua Portuguesa para o Brasil a esperança de que o Acordo de Unificação da Ortografia dos 8 países de idioma comum “seja de fato concretizado”. E que em Portugal e nos outros 6 países dicionários semelhantes sejam elaborados “de facto...”
Que haja diferenças na pronúncia de cada um dos territórios dos 8 não terá nenhuma importância, porque todos poderão entender-se – e eis o essencial: Camões escreveu de um modo diferente do actual, mas sempre o compreenderão os que falam o idioma português, seja qual for o Continente onde viverem. Mas se as palavras forem unificadas, ortograficamente, mais depressa as utilizaremos. Por isso é que os versos de Os Lusíadas serão eternos.
Os responsáveis pelo novo dicionário recordam que as reformas ortográficas anteriores dos dois países não foram bem sucedidas, mas esperam que a unificação ortográfica possa contribuir agora para melhorar o ensino e se tornem “fator de difusão da cultura dos países que têm como oficial o nosso idioma.”
(1) O lançamento do volume é da Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
Que haja diferenças na pronúncia de cada um dos territórios dos 8 não terá nenhuma importância, porque todos poderão entender-se – e eis o essencial: Camões escreveu de um modo diferente do actual, mas sempre o compreenderão os que falam o idioma português, seja qual for o Continente onde viverem. Mas se as palavras forem unificadas, ortograficamente, mais depressa as utilizaremos. Por isso é que os versos de Os Lusíadas serão eternos.
Os responsáveis pelo novo dicionário recordam que as reformas ortográficas anteriores dos dois países não foram bem sucedidas, mas esperam que a unificação ortográfica possa contribuir agora para melhorar o ensino e se tornem “fator de difusão da cultura dos países que têm como oficial o nosso idioma.”
(1) O lançamento do volume é da Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
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