Portugal e Brasil, Angola e Moçambique, Cabo Verde, Guiné (Bissau), São Tomé e Príncipe, além de Timor, formam hoje uma das mais importantes comunidades lingüísticas do Mundo: somam 247,797 milhões os falantes do nosso idioma, de acordo com as informações do Almanaque Abril 2009 - anuário respeitado, cuja 35ª. edição acaba de ser lançada em São Paulo pela Abril, uma das mais importantes editoras brasileiras.
Quer dizer, integramos uma parte ponderável da população do globo que vive na Europa, América, África, Ásia e Oceânia. Se dispomos de uma Comunidade importante, no plano demográfico, temos igualmente um peso razoável, no âmbito das exportações: $USA: 318.191 milhões, ao passo que o sector das importações é também significativo: $USA: 177.634 milhões. (As cifras são as mais recentes que obtivemos – e a conclusão é baseada em estimativas, na ausência de estatísticas oficiais).
Observando o quadro geral,podemos assinalar que é superavitário o comércio internacional dos 8 países comunitários, mas alguns deles são deficitários, conforme ocorre com a balança comercial portuguesa (compra mais de $USA 20 milhões do que vende), saldo negativo que os últimos governos não conseguiram harmonizar, nem táo pouco os caboverdianos, guineenses, são tomenses e moçambicanos, lamentando-se a ausência de dados timorenses. Quer dizer, somente os brasileiros e angolanos conseguiram resultados positivos do seu intercâmbio econômico com os demais países do mundo.
Dir-se-á que o diálogo deve abranger outros domínios, e não discordaremos – mas nem por isso pode ser omitido (os Estados Unidos não são grandes apenas militarmente, mas pela sua enorme força de produção industrial, agrícola, etc.). O nosso problema é que no capítulo da política internacional não temos influência correspondente ao nosso bloco populacional. E no cultural, o que têm realizado os governos dos 8? Muito menos do que seria necessário e basta pensar na importância que poderia ter a nossa unidade lingüística se fossem aproveitadas as portas abertas pelo acordo ortográfico. Houve quem concordasse e discordasse, enquanto a maioria silenciosa ficou insensível à mudança. (Chama-se a atenção para outro silêncio – o dos “mestres” da informática, que nada dizem sobre os “tremas” e outros sinais que estão como dantes nos computadores dos nossos países, apesar das mudanças oficiais”).
Poderemos concluir, por agora, que a indiferença se assemelha à prática da chamada “Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”, manobrada pelos políticos que vão mudando (felizmente!), mas que não sabem nada – lembramos Fernando Pessoa, quando anunciou, no poema Liberdade: “Estudar é nada” - “O mais do que isto/ É Jesus Cristo, / Que não sabia nada de finanças/ Nem consta que tivesse biblioteca.”
Deixemos de lado a ironia e passemos agora ao exame do que é real, e consideremos que 2 +2 = 4, por mais interpretações que algum “economês” nos aponte acerca do “deve” e “haver” do passado e do presente – e leia-se o quadro concreto da economia dos 8 países comunitários:
Quer dizer, integramos uma parte ponderável da população do globo que vive na Europa, América, África, Ásia e Oceânia. Se dispomos de uma Comunidade importante, no plano demográfico, temos igualmente um peso razoável, no âmbito das exportações: $USA: 318.191 milhões, ao passo que o sector das importações é também significativo: $USA: 177.634 milhões. (As cifras são as mais recentes que obtivemos – e a conclusão é baseada em estimativas, na ausência de estatísticas oficiais).
Observando o quadro geral,podemos assinalar que é superavitário o comércio internacional dos 8 países comunitários, mas alguns deles são deficitários, conforme ocorre com a balança comercial portuguesa (compra mais de $USA 20 milhões do que vende), saldo negativo que os últimos governos não conseguiram harmonizar, nem táo pouco os caboverdianos, guineenses, são tomenses e moçambicanos, lamentando-se a ausência de dados timorenses. Quer dizer, somente os brasileiros e angolanos conseguiram resultados positivos do seu intercâmbio econômico com os demais países do mundo.
Dir-se-á que o diálogo deve abranger outros domínios, e não discordaremos – mas nem por isso pode ser omitido (os Estados Unidos não são grandes apenas militarmente, mas pela sua enorme força de produção industrial, agrícola, etc.). O nosso problema é que no capítulo da política internacional não temos influência correspondente ao nosso bloco populacional. E no cultural, o que têm realizado os governos dos 8? Muito menos do que seria necessário e basta pensar na importância que poderia ter a nossa unidade lingüística se fossem aproveitadas as portas abertas pelo acordo ortográfico. Houve quem concordasse e discordasse, enquanto a maioria silenciosa ficou insensível à mudança. (Chama-se a atenção para outro silêncio – o dos “mestres” da informática, que nada dizem sobre os “tremas” e outros sinais que estão como dantes nos computadores dos nossos países, apesar das mudanças oficiais”).
Poderemos concluir, por agora, que a indiferença se assemelha à prática da chamada “Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”, manobrada pelos políticos que vão mudando (felizmente!), mas que não sabem nada – lembramos Fernando Pessoa, quando anunciou, no poema Liberdade: “Estudar é nada” - “O mais do que isto/ É Jesus Cristo, / Que não sabia nada de finanças/ Nem consta que tivesse biblioteca.”
Deixemos de lado a ironia e passemos agora ao exame do que é real, e consideremos que 2 +2 = 4, por mais interpretações que algum “economês” nos aponte acerca do “deve” e “haver” do passado e do presente – e leia-se o quadro concreto da economia dos 8 países comunitários:
EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DOS 8 PAÍSES
Fonte: Almanaque Abril 2009, 730 páginas. (Editora Abril, São Paulo, 2009). Edição (publicada pontualmente há 35 anos).* Dados referentes a 2007.
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