sexta-feira, 20 de março de 2009

POR OU CONTRA O ABORTO

As primeiras declarações de D. José Cardoso Sobrinho, Bispo de Olinda e Recife, sobre o caso da menina pernambucana de 9 anos engravidada pelo sinistro padrasto que as autoridades civis não mandaram prender, até agora. Fonte da Imagem: http://jovempan.uol.com.br
Até o Presidente Lula da Silva, ao mesmo tempo que se proclamou católico, manifestou o seu desacordo com o Prelado, assim como o ministro da Saúde, dr. Temporão, conhecido não só pelo seu esquerdismo mas também pelos ataques à Igreja Católica, tendo cometido a indelicadeza de protestar contra o Papa Bento XVI, quando o Sumo Pontífice visitou há meses o Brasil.

As palavras do Chefe de Estado do Brasil pretenderam certamente assinalar o perigo que corria a menina grávida, mas entre os outros "protestantes" muitos deles nada têm a ver com o Catolicismo. Aliás, esses contestatários manifestam-se, sempre contra o Vaticano e os seus representantes no mundo, como fizeram os defensores de outros cultos religiosos, ao lado de numerosos ateus e militantes dos movimentos anti-católicos – como se estes pudessem interferir, por exemplo, nas decisões dos partidos políticos.

Há uma delimitação que convém definir - o poder civil tem de processar e eventualmente punir quem transgride as leis de qualquer país. Por isso mesmo, à Igreja Católica Apostólica Romana compete estabelecer tudo o que respeita aos que seguem a sua Religião, sem ter de pedir conselhos aos governos, ministros e militantes partidários.

Ora, D. José Cardoso Sobrinho, atual Bispo de Olinda e Recife (sucessor de D. Mathias de Figueiredo e Mello, que nasceu em Arganil há mais de três séculos e que o Povo Pernambucano cognominou de "Bispo Santo"), estava no pleno exercício da sua missão religiosa quando declarou à revista Veja, de São Paulo: "Em primeiro lugar, nós temos de colocar essa questão no âmbito religioso. Acreditamos em Deus? É sim ou não." E depois foi direto à questão: "Antes de tudo, quero deixar bem claro que não fui eu que excomunguei os médicos que praticaram o aborto e a mãe da menina. Isso é falso. Eu não posso excomungar ninguém. Eu simplesmente mencionei o cánone 1398, do Código de Direito Canónico, que está nas livrarias para qualquer um ler. Por essa lei, o aborto está incorrendo nessa penalidade que se chama ‘latae sententiae’, um termo técnico que significa automática. Então, não foi D. José Cardoso Sobrinho que os excomungou. Eu simplesmente disse a todos: ‘Tomem consciência disto’. Qualquer pessoa no mundo inteiro que pratique o aborto está incorrendo nessa finalidade – mesmo que ninguém fale nada." (...)

O agente da lei, seja ela qual for, tem de a cumprir – e assim fez o Bispo de Olinda e Recife. Só não entende quem não quiser.

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